Mauá faz hoje 56 anos e para comemorar o aniversário da cidade, a Prefeitura investiu R$ 296 mil na contratação de artistas. No Diário Oficial do Estado/CF, a administração petista divulgou a dispensa de licitação e anunciou o montante para o pagamento dos cachês dos grupos NX Zero, Exaltasamba e convidados, mas não especificou o valor pago a cada um.
Apesar de empenhar verba na promoção de shows, a Prefeitura ainda não concedeu benefícios em negociação com os servidores municipais. Um deles é o bônus merecimento de 700 profissionais da Educação, que deveria ser quitado com recurso oriundo do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) do governo
federal.
A União já liberou R$ 33,5 milhões para serem utilizados nas ações relacionadas ao magistério. Contudo, o prefeito Oswaldo Dias (PT) disse que faria contas, mas adiantou que neste ano o bônus não sairia.
Além disso, na semana passada, o chefe do Executivo enviou ao Legislativo veto parcial impedindo o pagamento retroativo de vencimentos a 43 cargos reenquadrados no fim de novembro pela Lei nº 4.614/10 (para adequar ao Estatuto do Servidor Público de 2002). A lei previa o pagamento retroativo referente a março.
O Executivo argumentou que o readequação salarial não poderia ser dada em período eleitoral e que, portanto, só seria legalmente viável se o aumento fosse dado a partir de janeiro. O veto foi mantido pelos vereadores situacionistas. Nos bastidores é certo de que se tratou de manobra do Paço para evitar rombo nos cofres de quase R$ 1 milhão.
Nas críticas à festa, nem o pseudossituacionista, Alberto Betão Pereira Justino (PSB), deixou de se manifestar. "Com tantos problemas na cidade e pagar R$ 300 mil em uma festa. Mauá está nos trilhos do buraco", reclamou.
O vereador oposicionista Manoel Lopes (DEM) disparou sobre o governo ao dizer que a administração poderia remanejar o recurso para investimento em outras áreas. "Não foi pago o bônus da Educação, os salários retroativos nem o repasse de 2010 para muitas entidades sociais. Qual é o projeto de Mauá para 2025 se não conseguiu nem planejar 2011. O prefeito poderia remanejar essa verba de festejo, pois só é impedido de mexer nos recursos de Educação e Saúde", criticou o democrata.
O líder governista, Rômulo Fernandes (PT) disse que "as coisas são relativas. E a gestão anterior (Leonel Damo) que pagou R$ 40 mil por uma hora de palestra de Gabriel Chalita para 40 professores. Na época, não vi quem é oposição agora bater, pois era situação. Desconheço os valores, mas defendo que tenha show", concluiu.
Procurada, a Prefeitura não se pronunciou.
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