segunda-feira, 30 de maio de 2011

Londrina (PR): MP recebe relatório final da "Operação Antissepsia"

Fonte: www.londrix.com
Promotores poderão oferecer denúncia contra mais de 20 pessoas que teriam participação em fraude na saúde
O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apresenta nesta segunda-feira (30) ao Ministério Público o relatório final sobre a "Operação Antissepsia", que investiga há 20 dias um suposto esquema de desvio de dinheiro destinado à saúde em Londrina.


O delegado Alan Flore informou, na sexta-feira (27), que todos os 21 presos em caráter temporário ou preventivo nestas três semanas serão indiciados por crimes em que foram enquadrados no curso da investigação. O Gaeco encontrou provas de formação de quadrilha e desvio de dinheiro do Município com envolvimento de agentes públicos e particulares.

Além dos 21 presos - a maioria, já liberada - e de dois suspeitos que são considerados foragidos (o publicitário Ruy Nogueira Netto e o biólogo Ricardo Ramirez), pelo menos mais uma pessoa também será indiciada. Esse nome não foi revelado.

Notas falsas
O Gaeco apurou que houve desvio de dinheiro pago pela Prefeitura aos Institutos Gálatas e Atlântico, terceirizados para executarem os serviços de saúde do Samu, Policlínicas e Saúde da Família. O suposto esquema baseava-se na emissão de notas fiscais falsas, o que permitia a fraude: a Prefeitura pagava por serviços que não eram executados.

Entre os detidos estão o ex-procurador jurídico do Município, Fidélis Canguçu, e o empresário Juan Monastério, detido em outra investigação, há um ano, quando surgiu um escândalo muito semelhante a este. Na época, a entidade que prestava o serviço à saúde em Londrina era o Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), do empresário Dinocarmo Aparecido de Lima.

Estão presos, também, Joel Tadeu (ex-conselheiro de saúde) e os contadores Flávio Martins, Antonio Carlos Martins e Alexandre Martins.

A partir das constatações da "Operação Antissepsia", o Gaeco deverá abrir novo inquérito policial para apurar outras irregularidades. Isso significa que a "rotina" de depoimentos e "desfile" de autoridades na sede do Ministério Público não deve ter trégua nos próximos dias.

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LINDA VOZ COM ÓTIMO TEXTO - Em 2005, Elisa Lucinda escreveu poema-protesto, que é recitado, em parte, por Ana Carolina (acima). O texto completo do 'manifesto' está disponível na Internet.