20/11/2010 - 11h28. Fonte: www.r7.com (Repórter Renan Ramalho)
Cada deputado custa R$ 108 mil; no Senado, valor é de R$ 137 mil
Os gastos do Congresso com pagamento de salários e encargos sociais de senadores, deputados federais e seus funcionários deve representar, neste ano, 84% de toda a despesa do Legislativo federal. Dos R$ 5,5 bilhões a serem desembolsados neste ano por Senado e Câmara neste ano, R$ 4,6 bilhões serão para pagar os salários.
Ainda não há previsão do impacto que um eventual aumento dos salários dos congressistas até o fim do ano poderia provocar. A proposta mais falada hoje é que deputados e senadores passem dos atuais R$ 16.512 para R$ 26.723.
A ideia é equiparar com o valor recebido por cada um dos 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). A diferença no caixa, porém, deverá ser bem maior, já que o Senado tem 81 senadores e a Câmara, 513 deputados.
Outra diferença é que deputados e senadores têm à disposição uma série de contas pagas e mais dinheiro para usar no mandato.
Por mês, um senador custa em média, R$ 137.568,87. Além salário de R$ 16.512,09, ainda tem direito a R$ 82 mil por mês para contratação de funcionários para seu gabinete e escritório político.
Para despesas de material em gabinete, tem R$ 15 mil. Recebe ainda oito passagens aéreas mensalmente para seu Estado de origem –em média, isso custa R$ 16.950,20. A conta fecha com cotas mensais de telefone, auxílio-moradia, ressarcimento de despesas odontológicas e psicoterápicas, além de plano de saúde completo para dependentes.
Já um deputado federal tem custo pouco menor: R$ 108.780,18. Além dos mesmos R$ 16.512,09, tem R$ 60 mil para pagar funcionários, média de R$ 29.268,09 para despesas gerais (combustíveis, aluguéis de escritórios, TV a cabo, segurança, entre outros), além de R$ 3.000 com auxílio moradia. Gastos médicos, com impressões e passagens aéreas estão incluídos num
“cotão”, pago num caixa único da Câmara.
Na atual discussão sobre os reajustes, existe a ideia de cortar benefícios para compensar o aumento ou mesmo diminuir investimentos da Casa. A ideia é evitar impacto maior nas contas. Outro risco embutido no aumento do salário é o efeito cascata: deputados e vereadores têm seus limites de salário vinculados ao dos deputados federais.
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